27 de jul. de 2010

Pangéia


Não existe dúvida de que a maior contribuição para a Biogeografia Moderna foi a aplicação da Teoria Tectônica de Placas. Com ela, houve a possibilidade de explicações sobre a distribuição de muitos táxons disjuntos, que até então, não passavam de mera especulação e de teorias, que, algumas hoje parecem absurdas, tais como, as das “Pontes Continentais”, referidas no capítulo 1, durante o período Pré-Darwianiano e Darwianiano.

Brown & Gibson (1983) sumarizam seis conclusões de Wegener, as quais, segundo eles, não sofreram alterações em suas essências, que são:
1. As rochas continentais são fundamentalmente diferentes, menos densas, mais finas e menos altamente magnetizadas daquelas do fundo do mar. As blocos mais leves dos continentes bóiam em uma camada viscosa do manto.


2. Os continentes estavam unidos em um único supercontinente, o Pangea que, dividiu-se em placa menores que moveram-se, flutuando no manto superior. A quebra do Pangea começou no Mesozóico, mas a América do Norte ainda ficou conectada com a Europa até o Terciário ou ainda até o Quaternário.


3. A quebra do Pangea começou em um vale que gradualmente alargando-se em um oceano. Distribuição dos maiores terremotos e regiões de vulcanismo ativo e elevação de montanhas estão relacionados com os movimentos destas placas da crosta terrestre.


4. Os blocos continentais mantêm ainda seus limites iniciais, exceto, nas regiões de elevação de montanhas, de tal maneira que se fossem unidos haveria similaridades em relação a estratigrafia, fósseis, paleoclimas, etc. Estes padrões são inconsistentes com qualquer explicação que assuma a posição fixa dos continentes e oceanos.


5. Estimativas da velocidade de movimentação de certos continentes é em torno de 0,3 a 36 m/ano e mostra que a Groelândia separou-se da Europa a apenas 50.000 a 100.000 anos atrás.


6. O aquecimento radioativo do manto pode ser a causa primária para a movimentação gradual dos blocos, mas outras forças podem estar envolvidas.

No entanto, a teoria de Wegener ficou no ostracismo quase que por 50 anos. No foi apenas em função dos geólogos ligados a indústria petrolífera, palentólogos e outros, mas, no que se refere a sua aplicação na biogeografia, as teorias do “Centro de Origem”, “Dispersão”, “Pontes Continentais”, estavam em alta. De acordo com Gibbrian (1986) apud Espinosa & Llorente (1993) encontrou somente uma explicação pela rejeição da Teoria de Wegener na época e de sua aceitação no presente, que era: os interlocutores eram outros, isto é, para aceitá-la era necessário uma mudança radical do pensamento geológico da ápoca.

Essa teoria postula que a crostaterrestre, mais precisamente a litosfera -que engloba toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade -está quebrada em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra.




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