29 de jul. de 2010

Neve


As gotículas de água que se formam por condensação crescem porque há núcleos de condensação que são higroscópicos (atraem água). (A simples saturação do ar não garantiria o seu crescimento. Só se o ambiente estiver supersaturado (humidade relativa maior do que 100%) - o que é raro acontecer - as gotículas crescem. Mas, mesmo assim, só ao fim de 20 a 120 minutos os processos de condensação e deposição podem gerar uma gotícula de nuvem (de 1 a 30 mícron de diâmetro). E ter-se-ia de esperar quase eternamente para que estes processos gerassem uma partícula de precipitação suficientemente pesada para cair (de 0,2 a 5 mm de diâmetro). São o efeito combinado da colisão e fusão de gotículas e do processo de crescimento de cristais de gelo que asseguram o crescimento das partículas de precipitação a partir das gotículas. 
O tipo de precipitação que chega ao solo (chuva, granizo, chuva gelada, neve, etc.) depende do tipo de processos dentro da nuvem mas também da temperatura do ar entre a base da nuvem e o solo. Pequenas variações de temperatura (décimos de grau) podem implicar a diferença entre chuva, chuva gelada, saraiva ou neve
Se as temperaturas de uma nuvem até ao solo forem todas negativas (abaixo de 0ºC), cairá geralmente neve. No entanto, se as temperaturas no interior das nuvens estiverem a cima de -10ºC (o que se pode dever eventualmente ao crescimento da temperatura por cima da nuvem por chegada de uma massa de ar quente), a nuvem geralmente não terá cristais de gelo e cairá chuva gelada resultante do processo de crescimento de gotas superarrefecidas por colisão e fusão (coalescência) - o chamado processo de superarrefecimento de chuva quente. (Quando existem cristais de gelo, as partículas de precipitação crescem pelo processo de crescimento de cristais de gelo, produzindo neve e não chuva gelada).

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